SERVIDORES DO SAMU E DA ATENÇÃO BÁSICA AMEAÇAM ENTRAR EM GREVE
Prefeitura cortou gratificação histórica, conquistada em 2012.
As servidoras e os servidores do Samu em Itabuna foram surpreendidos com mais uma marretada do governo Fernando Gomes. Sem aviso prévio ou discussão com o sindicato, a prefeitura cortou destes trabalhadores um abono que já é pago desde 2012 e que, em alguns casos (dependendo da função), representa mais de 50% dos salários. O corte está previsto para a folha de setembro e a justificativa seria a mudança do regime jurídico, que passou de celetista para estatutário.
Em assembleia realizada na tarde desta quinta-feira, 19, os servidores do Samu afirmaram que não aceitarão a retirada do abono e deliberaram pelo indicativo de greve. “Esta gratificação já está incorporada aos salários destes servidores desde o Acordo Coletivo de 2012 e sua retirada, além de arbitrária, representa redução salarial drástica, comprometendo inclusive a sobrevivência destes profissionais”, declarou Wilmaci Oliveira, presidenta do Sindserv (Sindicato dos Servidores e das Servidoras Municipais de Itabuna).
ATENÇÃO BÁSICA – A medida afeta igualmente os enfermeiros e as enfermeiras da Atenção Básica, que também são contemplados pelo Acordo de 2012. Tais profissionais estão dispostos a engrossar o movimento paredista, caso a prefeitura não reveja sua posição arbitrária.
Vale destacar que a partir do próximo dia 23 de setembro o Samu/Itabuna terá atuação regional, ficando responsável pelo atendimento de várias cidades vizinhas. “Justamente no momento em que o Samu de Itabuna terá ainda mais responsabilidades, e que por isso receberá mais recursos do governo federal, o prefeito corta os salários dos trabalhadores. “Isso é incompetência ou má fé mesmo?”, criticou Wilma.
Uma reunião com o novo secretário de Saúde, Uildson Nascimento, está agendada para o próximo dia 26. O Sindserv e os servidores do Samu exigem que a prefeitura recue da decisão e encaminhe à Câmara de Vereadores um projeto de lei assegurando a incorporação do abono aos salários. Caso contrário, os servidores e servidoras do Samu estão dispostos a cruzar os braços por tempo indeterminado. “São mais de 80 servidores públicos que salvam vidas em todos os bairros da cidade, inclusive àqueles considerados mais perigosos. É muita cara de pau deste governo reduzir os salários destes trabalhadores e trabalhadoras”, conclui Wilma.